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Dois candidatos de olho na cadeira da SOMAS

Por Idnórcio Muchanga

José Manuel Luís (Jomalu), músico, e Nelson Maquile, actor de teatro, são os candidatos que almejam a cadeira de secretário geral da SOMAS –Sociedade Moçambicana de Autores. No dia 15 de Junho, depois de vários adiamentos, quando forem 9.00 horas da manhã, vão a votos na sede da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO).

Nelson Maquile, da lista “A”, tem como lema “As coisas vão acontecer”. Enquanto Jomalu usa o slogan “O autor primeiro”. O movimento para a criação da SOMAS inicia em 1998, mas seria em 2001, com a aprovação da Lei n.º 4/2001 de 27 de Fevereiro (Lei dos Direitos do Autor), que iniciaria a verdadeira consagração da luta pelos direitos autorais.

Por aquela casa já passaram vários secretários que deram o seu máximo. Entretanto, muito há por fazer ainda. Para melhor compreender as motivações e manifesto das candidaturas de Jomalu e Maquile, procurámos ouvi-los.

É preciso valorizar as expressões culturais

O músico e gestor Jomalu, tendo como pressuposto que Moçambique é um país de imensa diversidade cultural, alicerçada por uma infinidade de criações artísticas, dentre as quais pontificam a música, a literatura, o teatro, a dança e produções audiovisuais, afirma ter chegado o momento para que estas sejam defendidas.

Estas expressões congregadas na SOMAS necessitam, não só, de ser valorizadas, mas, sobretudo, que os seus criadores encontrem segurança jurídica para as obras. A missão do meu elenco é devolveraos autores a sua dignidade, a sua valorização e, acima de tudo, garantir justiça na remuneração das obras”.

Segundo Jomalu, o que era um grande sonho dos artistas, viria, de certo modo, a defraudar as expectativas dos autores, devido à degradação das infra-estruturas, estrutura financeira e administrativa da SOMAS.

Texto de Frederico Jamisse

frederico.jamisse@snoticicas.co.mz

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