O primeiro congresso do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) terminou ontem na cidade da Beira, província de Sofala, com a recondução de Daviz Mbepo Simango para
dirigir os destinos do partido nos próximos cinco anos. Os grandes desafios do partido neste período são a participação nos pleitos eleitorais, designadamente, as autárquicas de 2013, as gerais e as eleições das assembleias provinciais de 2014. Ademais, com este feito, Daviz Simango torna-se candidato virtual desta formação política às próximas eleições presidenciais.
Para a recondução de Simango à frente dos destinos daquela formação política, segundo os delegados, pesaram entre outros aspectos, o seu elevado sentido de “responsabilidade e dinâmica invejáveis” por ele empreendidas que elevaram o partido a outros patamares, actos consubstanciados com a conquista dos municípios da Beira e Quelimane e um prémio internacional na gestão autárquica.
Aliás, nas suas diversas intervenções, ele fez questão de frisar que esta formação política veio para ficar e assume-se como principal alternativa à governação do país, pois já demonstrou esse aspecto nas autarquias que estão sob sua gestão. Segundo prometeu, nos próximos tempos vai lograr mais feitos nesse sentido, até porque um dos desafios prende-se com o enraizamento do partido em todo o território nacional.
Simango aproveitou a ocasião para lembrar a história do surgimento do movimento, tendo destacado que o mesmo é fruto da chamada “Revolução de 28 de Agosto de 2008”, altura que houve cisão e expulsão de Simango das fileiras da Renamo.
“E tudo começa com a Revolução de 28 de Agosto de 2008, onde jovens mulheres e homens, tomaram a coragem de inverter a situação política criada pela exclusão programada e obscurar a não candidatura de Daviz Simango, mesmo depois de confirmada pelas estruturas de base, o que precipitou a interpretação de que havia falta de vontade política de se trabalhar para alterar a ordem política em Moçambique”, frisou Daviz Simango.
Acrescentou que os quadros e militantes do partido precisam de sair da ociosidade e trabalhar para o bem do país e de todos os moçambicanos. “É preciso criar capacidade interna, sem discriminação. Temos que promover o empoderamento da mulher e dos jovens no nosso seio. Daí que deve ficar claro aos militantes a obrigatoriedade das quotas para essas organizações de massas. Refiro-me que devemos revisitar as quotas das ligas da juventude e da mulher na distribuição de assentos de poderes nos órgãos de decisão”.