Durante muitos anos, Marrupa foi considerado um distrito problemático da província do Niassa. A alimentação era escassa e, como resultado, pessoas inteiras praticavam o nomadismo,
à procura de solos férteis para a sua sustentabilidade alimentar. Outras, ainda, se movimentavam fugindo de animais selvagens, que devastavam as suas machambas, para além de conflitos entre membros do mesmo clã, que resultavam, regra geral, em divisão do grupo familiar.
Esta movimentação, tal como ficamos a saber, provocava o abandono de infra-estruturas sociais, nomeadamente, escolas, unidades hospitalares, entre outras, obrigando o Estado a mobilizar mais fundos para garantir que nos novos locais habitacionais para onde as pessoas se transferiam, não houvesse ausência dos principais serviços básicos.
Só para recordar, num passado muito recente, uma escola acabada de construir foi abandonada na zona de Túpuè, interrompendo os estudos de centenas de crianças. Porém aquele estabelecimento de ensino viria, anos depois, a ser reaberto depois que as populações decidiram regressar à zona de origem.