O distrito de Marrupa, na província do Niassa, está a conhecer um crescimento assinalável, nos últimos anos, sobretudo no âmbito socioeconómico, mercê do bom desempenho
da nova equipa de governação, associado à electrificação através da energia de Cabora Bassa. Quem assim o defende são os cidadãos contactados pela nossa reportagem à margem da visita do governador David Ngoane Malizane àquela parcela, que se situa a pouco mais de 330 quilómetros da capital provincial, Lichinga.
Marrupa é um corredor para onde desagua o triângulo de desenvolvimento do Niassa, recebendo pessoas e bens de Lichinga, Cuamba, Mecula e Pemba, em Cabo Delgado, para além de fazer parte, parcialmente, da Reserva do Niassa, esta, uma zona faunística que se notabilizou pela sua invejável gama diversificada de animais silvestres, alguns dos quais de existência rara , por isso apreciados por turistas de todo o mundo.
Aliás, é em Mrrupa onde está instalado o único Instituto Médio de Eco-Turismo de Moçambique, um estabelecimento de ensino profissional que nasceu das queixas apresentadas pelas comunidades ao Chefe do Estado moçambicano, Armando Emílio Guebuza, segundo as quais a disputa entre o Homem e a Fauna Bravia estava a retardar a prática sustentável da agricultura; daí, como resposta, a necessidade de se formar técnicos capazes de mitigar esse mal que apoquenta as comunidades rurais do Niassa, e não só.
Até porque a falta de água, bem como a prática persistente de nomadismo lideram a lista dos principais problemas que sempre impediram – e continuam a impedir – o crescimento harmonioso dum distrito que tem mais de 85 mil habitantes, distribuídos por três postos administrativos, nomeadamente Marangira, Nungo e Túpuè e que em termos agrícolas, tem tudo para dar certo.