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Jornais, sim, panfletos, não! Fernando A. Fazenda*

Por admin

Queremos jornais que sejam um espelho, um farol, não para os amigos nem para os accionistas, mas sim para o público, para os leitores, para os homens e mulheres que 

no dia-a-dia lutam para um amanhã cada vez melhor neste país, se reverem nas suas páginas e encontrarem nos seus textos um sinal de esperança e de encorajamento na sua luta, e porquê não, uma voz sempre permanente que diga, o futuro é por ali!
Jornais que tragam nas suas colunas, temas que levem o público a uma permanente troca de ideias, ideias que incutam na nossa sociedade uma postura baseada na dedicação, na audácia em querer mudar e em ver o que os outros vêem mas pensando e agindo de forma diferente.
Uma troca de ideias que incutam em todos nós o desejo de concentrar as nossas energias nas soluções do que nos problemas, familiarizando-nos com conceitos que levem a encarar o futuro com um olhar mais positivo, mais empreendedor, mais inovador e mais criativo, sempre cientes de que, e como dizia Einstein, a criatividade é composta por 1% de inspiração e 99% de transpiração. 

Sim, esses, é que sāo jornais! Jornais fora do ruído de uma comunicação social que infeliz e lamentavelmente enferma a nossa Praça e cujo forte é a exploração de conflitos que quando não existem, trata-se de criá-los.
Uma comunicação social onde os conceitos de democracia e liberdade de expressão, passam por cima  de tudo o que é decência proferindo calúnias e insultos a respeitáveis cidadãos, incapazes de se defenderem. Uma comunicação social que, além de se assumir de uma arrogância sem igual, à socapa dos mais fétidos e urdidos pretextos, amordaçada por verdades inconfessáveis, descaradamente atenta e conspira à luz do dia contra as mais legítimas e genuínas aspirações deste nosso Moçambique.
Poderá ser surpresa para os mais incautos, quando um “panfleto” desses órgãos de comunicação social que se dá pelo nome de Canal  de Moçambique, de uma forma mais insolente grosseira e despudorada, trata um Chefe de Estado e sua Família.
Esses panfletos, nunca falam da principal agenda deste País, que é a luta contra a pobreza. Nunca falam nas suas edições das grandes realizações que homens e mulheres levam a cabo neste belo Moçambique. Nunca falam dos sucessos que os vulgos 7 milhões reproduzem ao longo deste nosso Território.
Jamais ousaram esses panfletos levantar a sua voz contra as grosseiras megalomanias com que o G19 de tempos a tempos nos brinda.
Mas é muito simples.
A agenda destes panfletos, é bem outra. Trata-se de uma agenda encomendada  e totalmente contrária aos desígnios deste País que pretende se ver livre e dono do seu destino.
Guebuza aparece como um obstáculo que importa abater e remover a todo o custo, para no seu lugar,   encontrar-se uma alternativa dócil pronta a facilitar o assalto às riquezas deste País pelos “grandes senhores”.
Vímos os mesmos panfletos a multiplicar insultos contra Guebuza como Chefe de Estado, e com os resultados do X Congresso da FRELIMO em Pemba, o pânico foi bem maior e o desespero, deles se apoderou, pois, goradas as suas expectativas de verem o despontar de um Presidenciável, maleável para as aspirações dos seus patrões, em contrapartida viram a consagração de Guebuza como Presidente do Partido FRELIMO, que por essa via, continuará como pedrinha nos seus sapatos.

Não resisto em levar o meu dedo à orelha para ver se me liberto da comichão que me criou o desabafo que Sua Eminência o Cardeal Arcebispo fez através da imprensa,  ao falar da necessidade de alternância do Poder neste País,  apesar de nāo ter dado a fórmula para o efeito. A ironia do destino! Se Sua Eminência no seu habitual retiro fizesse um genuíno Acto de Contrição, sentiria que, se não fosse a FRELIMO, jamais poderia ter sonhado em  um dia na sua vida vir a ser um Bispo!
Muitos, levaram anos a paparicar a RENAMO como alternativa para os seus intentos, e  quando se convenceram do contrário, abandonaram-na, e desgostoso, o seu líder voltou para a mata.
Agora, estão noutra, não porque confessos adeptos do MDM, mas apenas porque vêm nele uma possível alternativa à FRELIMO, giram à sua volta e com a única esperança de que venha a ser fiel e dócil facilitador dos seus desígnios, porque de contrário terá a mesma sorte que a RENAMO.

Nāo é por acaso que para o Canal de Moçambique e outros tantos escritos, o MDM é que está a dar e torna-se um dever para eles, municiá-lo para derrotar a FRELIMO.
Falando de panfletos neste País, acho que existe uma prostituição e perversão cujo antídoto, não é da alçada do Ministério do Interior, ou do Ministério da Justiça. É de um outro Ministério que para o bem da Sociedade e da Nação,   ponha balizas neste campo que está a ficar selva.
Está mais que provado que o Gabinfo fica irreconhecível neste teatro.
O bom senso que anda de braços dados com a generosidade deste Povo Moçambicano, em algum momento na nossa história, considerou que em defesa das liberdades, devia se banir o Ministério da Informação, mas infelizmente subestimou o alcance da perversão.
Por isso, na nossa sociedade, jornais sim, panfletos, não!

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