Impressionante. Deveras impressionante. O número de marginais que são portadores de armas de fogo. E que com elas praticam roubos e assaltos. Desestabilizam
a sociedade. Criam instabilidade e insegurança em diferentes bairros de Maputo e da Matola. Para só falar nestas duas cidades. Mais, não se inibem de se confrontar com agentes da PRM. Isto, a avaliar pelo que tem vindo a público. Que tem sido noticiado. Só na sua edição do dia 29 do mês findo, o “Notícias” (página 3), publica duas locais sobre a matéria. A primeira, com o título “Suposto sequestrador abatido pela Polícia”, escreve que Um suposto sequestrador foi morto e um outro ferido durante uma troca de tiros com agentes da (PRM), encarregues de esclarecer o sequestro do gerente do Hotel Afrin, ocorrido semana passada na cidade de Maputo. E, mais adiante, diz que No âmbito das diligências com vista ao esclarecimento do caso de sequestro do gerente do Hotel Afrin ocorreu uma troca de tiros entre a PRM e um grupo de meliantes munidos de armas de fogo de tipo pistola. Já na segunda notícia, que se refere à situação no Bairro de Khongolote, o título é “Ameaçavam e roubavam viaturas”. Acrescenta, a seguir, que Dois indivíduos estão, desde terça-feira encarcerados numa das celas da sétima esquadra da Polícia, no bairro T3, município da Matola, indiciados de ameaçar cidadãos com uma pistola e roubo de viaturas. Segundo o matutino, um dos detidos ter-se-á identificado como agente da Polícia e construtor e nunca ameacei ninguém com arma de fogo. Mais disse ele, que No sábado quando ia a entrar na discoteca identifiquei-me com agente da Polícia, tendo os guardas pedido os documentos ao que apresentei uma pistola. Só que estranhamente, horas depois, fui detido por uma equipa da Polícia. Sem dúvida, não deixa de ser estranha esta forma de identificação. E, a ser aceite esta tese, eu ou qualquer ser mortal poderá vir a dizer que é agente da Polícia pelo simples facto de portar uma arma. Mas, parece não ser bem assim. É que o porta – voz da PRM na província de Maputo, desmentiu que o referido indivíduo era membro da corporação.
As duas notícias atrás referidas não passam de apenas dois exemplos. Talvez os mais recentes. De situações que preocupam o cidadão comum. O não portador de armas de armas de fogo. Serão, não situações únicas. De marginais, de malfeitores, que portam armas de fogo. A questão que a todos intriga e preocupa é a de saber onde é quês estes marginais, estes malfeitores, conseguem as tais armas de fogo. Qual a origem e a proveniência dessas tantas armas. Quem são os seus vendedores ou fornecedores. Quem as empresta, vende ou aluga, por hipótese. Tudo se passa dentro do país ou vem de fora. Tem contornos regionais e internacionais. Esta apresenta-se como uma questão que merece ser investigada e devidamente esclarecida. A bem e em defesa da tranquilidade e da ordem pública. Em respeito aos direitos constitucionais. Talvez seja tempo de se fazer um exercício de introspecção. Talvez seja tempo de se começar a olhar para dentro.