Momentos antes de entrarmos no helicóptero rumo a Búzi, fomos avisados que podíamos não ter a possibilidade de pousar ou de caminhar, visto que o terreno ainda se apresentava encoberto de lama porque este foi um dos pontos que mais sofreu os efeitos devastadores de duas coincidentes intempéries, nomeadamente a passagem do ciclone tropical Idai e as cheias que, na sequência, assolaram a região Centro de Moçambique.
À medida que nos aproximávamos da sede do distrito, vimos cabeças de gado isoladas entre as águas turvas do Rio Búzi, pequenas palhotas e diversas culturas agrícolas devastadas pela corrente ao longo de mais de uma semana.
Cerca de um quarto de hora depois, o aparelho aterrou sobre uma parte cimentada, anexa à varanda de um dos edifícios do Governo distrital onde funcionam serviços distritais, que se transformou por instantes numa espécie de heliporto.
Depois de atravessar uma pequena relva, alcançámos um dos acessos da administração local, feito de pequenos blocos de betão, por cima do qual vimos mortas duas serpentes de cor verde, certamente que arrastadas pelas águas.