Amanheceu. Do Rovuma a Maputo, do Zumbo ao Índico, a nação estende-se na vastidão do seu chão e presta louvores às bases desta terra. Curva-se à Luísa e Marisa; à Maria e Angelina.
Das terras do Norte ecoa o somdo apito e do canto, rimando generosamente com os passos dasturmalinas enformadas de carne e osso, cuja imagem aparece reflectida na imensidão do céu. São vozes sibilantes que cantam tal-qualmente as andorinhas anunciando a primavera.
As ondas do Índico transportam de lés a lés a canção do louvor. É Abril! Moçambique renova as suas cores, ganha novas formas, as formas do amor.
É a Felicidade que se aguça no olhar meigo e sorriso maroto da linda menina, digna hospedeira duma nação sem igual, onde as periclitantes mulheres macuas pulam à corda ao ritmo da paz e do perdão. Onde a terra estremece de prazer, a cada salto nesta corda da vida, uma vida que se transforma a cada momento, em cada lugar.
Texto de Carol Banze