Diminui-se o sofrimento! O povo moçambicano passa a contar, desde o dia 28 do corrente mês, com um serviço que usa a radiação ionizante para fins terapêuticos, numa altura em que dados da Organização Mundial da Saúde, indicam que em 100 por cento de pacientes sofrendo de cancro, 70 precisam de ser submetidos à radioterapia.
Com a sua introdução, prevê-se que sejam tratados cerca de 300 pacientes por ano. Mas o Presidente da República, Filipe Nyusi, mostra-se mais optimista, ao falar de 500, durante ainauguraçãoda unidade de Radioterapia instalada no recinto do Hospital Central de Maputo.
Ao mesmo tempo serão poupados cerca de 5 milhões de dólares americanos que, num passado recente, eram gastos para financiar a transferência de doentes para outros países à busca daqueles serviços.
Só para se ter uma ideia, de 2016 a 2018, duzentos e cinquenta e um pacientes foram enviados para países como África do Sul, Índia e Portugal, sendo que as despesas de alimentação, alojamento e tratamento, que totalizam mais de 4 milhões de dólares americanos, eram arcadas pelo Estado. Trata-se de um valor que, quando dividido, corresponde a uma média de 19 mil dólares por doente. Estas conclusões vêm dum levantamento feito pelo sector, através da Junta Médica, de modo a comparar o antes e o depois da instalação destes serviços no país.