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Saúde regista dois mil casos de diarreias na Beira

Por Idnórcio Muchanga

O sector de saúde registou até ao início da noite de hoje (segunda-feira) um total de dois mil casos de diarreias entre as vítimas do ciclone Idai, motivo pelo qual está a se erguer um Centro de Tratamento de Doenças Diarreicas e Malária no Centro de Saúde de Macurrungo, na cidade da Beira.

Até ao momento não há registo de óbitos relacionados com diarreias mas, dado o número crescente de crianças e adultos com diarreias, o Ministério da Saúde entendeu por bem estabelecer um centro de tratamento exclusivo deste tipo de doenças, uma vez que paira um grande receio de eclosão da cólera.

Dados colhidos junto do director Nacional de Saúde, Ussene Issa, indicam que o foco crítico é a cidade da Beira que, por causa dos estragos causados pelo ciclone Idai passou a acolher milhares de famílias vindas de distritos circunvizinhos em centros de acolhimento.

Ussene afirmou que o centro que está a ser montado estará dotado de meios humanos e materiais a altura da demanda e que devera ser capaz de atender a todos os casos que venham a ocorrer em toda a cidade e arredores.  

Sentimos também que há um risco muito potencial em distritos como Buzi, Nhamatanda e Dondo, pelo que estamos a erguer centros similares em cada um destes locais. Procuramos realizar palestras e envolver as comunidades, lideranças e brigadas de saúde para rapidamente sensibilizarmos a todos sobre as medidas de saúde individual e colectiva, disse.

Disse ainda que decorre um trabalho de massificação da distribuição de Cloro e Certeza para se garantir que as comunidades tenham acesso a água tratada e, dessa forma, reduzir em cerca de 90 por cento dos casos e doenças diarreicas.

No que toque a malária, Ussene disse que há muitas águas paradas pelo que o sector está a privilegiada uma intervenção em distribuição de redes mosquiteiras em número ainda não especificado e pulverização das habitações, a par da mobilização comunitária para a construção de latrinas seguras, criação de aterros sanitários, limpeza comunitária, entre outros.

Ussene disse que há pelo menos 250 médicos, enfermeiros, voluntários e activistas que estão a dar resposta a esta pressão. A nível operacional temos equipas de quadros nacionais e internacionais que obedecem a um comando único do Ministério da Saúde, e que estão posicionados em locais identificados como críticos.

Texto de Jorge Rungo

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