Lute. Acredite. Conquiste. Perca. Deseje. Espere. Alcance. Invada. Caia. Seja tudo o quiser ser, mas, acima de tudo, seja você sempre ‒Anónimo
Esta é uma crónica “atípica” que me outorgo o direito de fazer. E tenho razões de sobra para o efeito, afinal já fiz 18 anos. Quero, na antecâmara do Dia Mundial de Teatro, fazer uma coisa suspeita. Na verdade nem preciso me justificar porque os amigos não precisam e os inimigos não acreditam mesmo. Quero é falar dos meus velhos companheiros das lides teatrais… bem mesmo!
Eu sou da velha escola. Aquela que deu dicas sem necessariamente precisar de um manual. Nós aprendemos fazendo. Literalmente tudo. Na verdade olhávamos para nós mesmos e escolhíamos a dedo quem é que fazia o quê. Era bonito. Havia espírito de união. Associação era mesmo associação. Todos nos empenhávamos nas nossas tarefas. E isso fez-nos crescer por dentro.
Vou começar pelos meus velhos companheiros do Colectivo Kanyembe, projecto criado em 1987. A antiga Escola Comercial era o nosso quartel-general. Ensaiávamos rigorosamente 4 vezes por semana. E ainda sobrava tempo para fazermos Cena Aberta na Rádio Moçambique e participarmos das actividades do Clube Amigos do Juvenil (CAJ). E não falhávamos… até porque não havia celulares. Uma vez combinado, nada podia interferir…