‒ Ministros nas províncias afectadas
Sofala reergue-se do luto, onde dados preliminares apontam para pelo menos 20 mortos. Tete, Zambézia, Manica e norte de Inhambane vivem o mesmo cenário com menos gravidade, é verdade, mas com rescaldo preocupante.
Tudo por força de uma tempestade formada por chuvas e ventos fortes, às vezes com velocidade de 200 quilómetros por hora, que escalou há dias o país, fazendo inúmeros estragos desde materiais e humanos na região Centro, assim como uma parte da província de Inhambane.
A cidade da Beira viveu, de longe, o cenário mais dantesco. Todos os bairros registaram destruição de habitações e infra-estruturas.
As vias de acesso que ligam alguns pontos das províncias de Sofala e Manica estiveram cortadas, por causa da queda de árvores devido à força do ciclone. A comunicação através de telefone móvel e internet encontra-se condicionada.
Alguns pontos das províncias de Sofala e Manica, com maior destaque para Chimoio, Beira, Dondo e Mafambisse, ficaram entre quinta-feira e sexta-feira sem corrente eléctrica devido à danificação de uma linha de 110 kva. Ainda não há informação sobre quando é que poderá ser restabelecida, uma vez que os estragos são enormes. Este problema da falta da corrente afectou igualmente algumas comunidades da zona norte da província de Inhambane.Entretanto, a província de Sofala, o ponto de entrada do fenómeno, foi a mais fustigada, onde o Governo provincial já contabiliza, como fizemos referência, duas dezenas de mortes, 70 feridos, milhares de desalojados, para além de destruir várias infra-estruturas públicas.Em Inhambane, há registo de 30 famílias desalojadas nos postos administrativos de Nova Mambone e Pande, em Govuro, para além da destruição de 32 casas e 10 salas de aula.Houve ainda a destruição, em Vilankulo, de 11 casas e a queda de duas torres, uma da Televisão de Moçambique e outra da Rádio Moçambique.
Na província da Zambézia o ciclone destruiu 11 casas, um posto de maternidade e um posto policial. No distrito de Chire, até na sexta-feira estavam a ser assistidas 1500 pessoas num centro de acomodação em uma escola, e no distrito de Chinde 500 pessoas em dois centros de acomodação.
Jorge Rungo, Abibo Selemane, Jocas Achar e Luísa Jorge