O presidente do Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), Raul Domingos, sublinha que o Presidente da República, Filipe Nyusi, usou a sua inteligência e coragem para reabrir o Acordo Geral de Paz (AGP) ao eleger o diálogo, sobretudo com a Renamo, como uma das suas marcas de governação e assim ultrapassar as diferenças com vista à reconciliação nacional, com o objectivo de manter a paz no país.
O negociador-chefe dos Acordos de Roma, assinados em 1992, e número dois da Renamo até 2000, quando foi expulso fundando o PDD, refere ainda que a coragem do estadista levou a que contrariasse forças internas do seu partido e Governo que diziam que o AGP teria morrido e que estava definitivamente arrumado.
“Como poderia morrer um acordo que fala essencialmente da reconciliação nacional, do diálogo permanente e, enfim, da paz efectiva, se esses são os pilares fundamentais para a nossa sobrevivência como Nação?”, questionou, para acrescentar que Filipe Nyusi encontrou a chave do problema que desunia os moçambicanos e, a seu modo, começou a marcha pela ressurreição do AGP.
“Humildemente foi buscar os caminhos e teve a correspondência necessária por parte da liderança da Renamo. Ouvi ontem que, em menos de uma semana, se encontrou duas vezes com o presidente da Renamo. É isso o diálogo permanente que é necessário ter com todas as forças vivas da sociedade, incluindo os adversários políticos”, frisou.
Para a fonte, o processo de Desmilitarização, Desmobilização e, sobretudo, Reintegração (DDR), corresponde efectivamente ao que o AGP preconiza.
Texto de PEDRO NACUO