O anúncio da possibilidade de Feizal Sidat regressar ao comando da FMF provocou sarna em algumas famílias, incluindo a de jornalistas. Com toda a naturalidade, surgiram vozes a favor e outras contra, suportadas pelos mais diversos e inimagináveis argumentos.
De tudo o que se diz contra, fixei as razões que se seguem:
‒Feizal Sidat já deu tudo o que tinha a dar na FMF e, por isso, deve ceder espaço a outros moçambicanos para demonstrarem o quanto valem;
‒com Feizal no comando da FMF, o futebol não evoluiu e, em abono da verdade, até regrediu, para a desgraça total da nação moçambicana;
‒Feizal quer regressar porque na FMF tem muito mel e ele não consegue ficar longe da colmeia por muito tempo.
Como se pode depreender, estamos perante argumentos falaciosos para inibir a vontade de um outro moçambicano de exercer um direito que a própria Constituição da República lhe assiste.
O futebol pode ser esse ópio que alimenta o povo, na riqueza e na pobreza, na felicidade ou na tristeza, mas não deve ser um espaço de exclusão de moçambicanos que gozam dos mesmos direitos perante a lei.
Por Custódio Mugabe
