“Cuidado com falsos profetas! Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos selvagens” ‒ Mateus 7:15
Ainda em memória do meu amigo falecido em Lichinga no último fim- -de-semana de Janeiro passado, vítima dum brutal acidente e para benefício de quem porventura não saiba, devo esclarecer que o nome próprio dele era efectivamente FAZAL, sem “i” no meio. E ele fazia questão de sublinhar esse facto: FAZAL não FAIZAL. E eu assino por baixo porque o conheci assim desde a infância. Que a sua alma e a da sua (dele) mulher descansem em paz! E, sobre o assunto que encima o título desta lucubração, fico com a impressão que hoje mais do que nunca a superstição comanda a vida de muita gente. Como assim!? É que noto que muitas pessoas acham que só vive e se sente bem protegida seguindo as mezinhas do curandeiro ou usando a água benzida pelo profeta (bispo, pastor ou quejando). Sem essas prescrições, a vida dessa gente não segue directo. Poucos confiam na sua auto-estima. Os exemplos são muitos: pelo mundo fora, encontramos políticos que se fazem às suas populações acenando-as de lencinho branco na mão e ou usando chapéu de abas largas (tipo cow boy). Cá entre nós, reconhecemos políticos que efectuam campanhas eleitorais durante mais de 45 dias vergando a mesma camisa; cantoras que antes de fazerem ecoar as suas vozes primeiro viram-nos as costas e brindam-nos com movimentos pélvicos dos seus volumosos traseiros; apresentadores de telejornais que agarram na mão uma caneta fechada, do princípio ao fim sem a utilizar; por aí adiante.
Texto: Kandiyane Wa Matuva Kandiya
nyangatane@gmail.com