Penitencio-me! Apesar de o ter conhecido, nunca lhe dei o meu abraço. Nunca o entrevistei ou colhi informação sobre a “sua” Niassa. Não obstante parecer que sempre estranhou quem era a pessoa que sempre que se encontrasse com ele cumprimentava-o com alguma vénia, curvando o seu corpo ou ajeitando os óculos escuros que há 15 anos poisam sobre a cabeça, pode não ter sabido de quem se tratava.
Vi-o pela primeira vez, se a memória não me está a ser traiçoeira, em Outubro de 1995, no decurso do famoso e memorável seminário Niassa-2000, pensado por Aires Ali, então governador provincial, no que seria o primeiro encontro do que mais tarde seria conhecido como conferências de investidores, que actualmente se realizam em todas as províncias ou distritos.
Na altura pensei que tivesse vindo na comitiva do Primeiro-ministro, então, Pascoal Mocumbi, para o encontro, cuja recepção, no primeiro dia, foi no complexo Kuchijinji; era, na verdade, um centro de desenvolvimento rural, agora pertença da Igreja Anglicana. Nunca me esquecerei, porque foi na mesma data em que entrei, pela primeira vez, em contacto directo com os meus amigos, que hoje me lavam a alma, os Massukos.
Texto: Pedro Nacuo
pedro.nacuo@snoticias.co.mz
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