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Uma história comum, três azares distintos

Por admin

No dia 1 de Janeiro de 1970, o aldeamento de Ungura, interior do distrito de Ancuabe, foi atacado pelos guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), então guarnecido por milicianos coloniais com o objectivo de que as populações não tivessem contacto com o movimento libertador.

Do ataque os guerrilheiros libertam um número não determinado de habitantes, entre eles três meninos de 10 a 15 anos de idade, nomeadamente, Inácio Ncuele, João Baptista Aiuba e Hilário Nussura. A viagem que levou muitos dias pela mata adentro acabou (para os jovens) no centro-piloto de Nangade, no pulmão das então zonas libertadas, onde funcionava uma escola e um infantário, em plena guerra de libertação.

Quando em entre 7 e 11 de Outubro de 1972 o presidente da FRELIMO, Samora Machel, visitou as zonas libertadas na companhia do secretário Hasmim Mbita e de outros oficiais do Comité de Libertação da célebre Organização da Unidade Africana (OUA) e registou-se uma incursão aérea da tropa colonial no Centro-piloto de Nangade, os três meninos foram alvo desse ataque que culminou com a evacuação do local em sua protecção e na morte de outros tantos.

Texto: Pedro Nacuo

pedro.nacuo@snoticias.co.mz

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