Podeser difícil definir o que é professor, conquanto todos saibamos quem ele é. Todos sabemos que se trata de um líder do processo intrínseco à humanidade de ensino-aprendizagem e instrutivo-educativo. Por estas razões acessíveis a todos, sabemos de que peça estamos a falar na existência e desenvolvimento das sociedades.
O que é diferente pode residir na maneira como as sociedades tratam o professor, umas vezes porque a sua tarefa, que acabou sendo profissão, parece das mais naturais que existem, outras vezes, em razão do facto de haver muitos cidadãos a ocuparem-se de tamanha e nobre responsabilidade.
Não são poucas as vezes que depois de nos formarmos, egoisticamente pensamos sermos mais importantes que o nosso professor, ainda que custe a aceitá-lo. Nasce daí a ideia de que muitas classes profissionais lutam mais para si, mesmo que isso custe a secundarização ou mesmo o recalcamento da classe dos seus mestres. Por vezes nascem ideias que nos empurram a considerar o professor, como sói dizer-se, como o mau da fita, responsabilizando-o pelos males de que as sociedades enfermam. A 12 de Outubro de 1981 fundou-se a Organização Nacional dos Professores (ONP) que visa (va) a valorização da profissão e da classe, tendo em conta que ele é ainda o sujeito mais presente nas variadas comunidades espalhadas pelos limites que fazem de Moçambique um país.