Podia escrever um texto longo, mas não o farei porque quero que as pessoas leiam este curto artigo, sobretudo os agentes da Polícia de Trânsito (PT), elementos do INATTER, da Comissão de Transportadores Interprovinciais, motoristas e proprietários dos autocarros que partem da Junta e outros locais unindo o país de lés à lés.
Podia citar o nome da transportadora proprietária do autocarro que no passado domingo capotou nas proximidades de Vilankulo, concretamente na zona de Pambarra, com um desfecho trágico de seis óbitos e mais de uma dezena de feridos, entre graves e ligeiros, mas não o farei porque foi deplorável demais como a empresa lidou com o assunto.
Para o transporte das urnas com os restos mortais, o dono do autocarro enviou para o Hospital Rural de Vilankulo, ido de Chimoio, um camião de caixa aberta, de marca Toyota Hino, que devia também transportar os familiares dos defuntos, num percurso até à capital provincial de Manica. Quer dizer, as pessoas tinham de ser expostas à corrente nocturna, com poeira à mistura, logo sujeitas a contrair bronquite, gripe e outras doenças.
Texto de André Matola