A história de amor de Amosse Baltazar Zita, 78 anos, e de Rosa Francisco Chongo, 70 anos, é semelhante à dos contos de Fada. Para além de superar a distância, este romance foi alimentado por cartas de amor em papel perfumado, algumas enviadas através da caixa postal e outras pelos “cupidos”, neste caso amigos. Hoje, volvidas 5 décadas de convivência, o domingoprivou com o casal. Pediu que partilhasse o segredo das 50 primaveras. Entretanto, ocorre- nos adiantar desta história que foi próximo a um fontanário que o pastor Amosse pediu a sua amada em casamento e prometeu esperar por ela. O resto da história está nas linhas que se seguem.
Como é que se conheceram?
Amosse (A): Conhecemonos em 1957, ainda novos. Eu tinha 17 anos e ela 9 anos. Conheci-a em casa do professor Amone Muthemba, que havia acolhido a Rosa em sua casa, a pedido da família, para que pudesse estudar, pois na sua localidade não havia escolas. O professor era amigo do meu pai, que, aliás, era pastor da Igreja Presbiteriana em Chicumbane. Portanto, eu frequentava aquela casa.
…começaram a namorar nessa altura?
A: Não. Em 1959 volto para Maputo, porque os meus pais são de Maputo, apenas estávamos lá porque o meu pai havia sido transferido para dirigir uma congregação como pastor. Cá, vim cumprir o serviço militar colonial e estudar. Estudava de noite. Coincidentemente a Rosa veio depois para Maputo.
Texto de Luísa Jorge