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As manobras Vostok na manutenção da multipolaridade inclusiva

Por Idnórcio Muchanga

As manobras militares conjuntas entre a Rússia e a China datam de 2001, ano da criação da Shanghai Cooperation Organisation (SCO)[1]. A partir de 2003 a Rússia e a China, sob a Umbrella da SCO, têm organizado actividades militares incluindo manobras militares conjuntas. A quantidade e a qualidade das manobras militares têm aumentado de intensidade. É neste contexto que surgem as manobras Vostok 2018, nome dado aos exercícios militares conjuntos Rússia-China entre 11 e 17 de Setembro do corrente ano.

As manobras Vostok 2018 são as maiores desde que os dois países iniciaram manobras militares conjuntas. A Rússia mobilizou um efectivo de cerca de 300.000 militares e um grande número de veículos militares, cerca de 36.000 tanques, 1000 aviões e 80 navios de guerra. Por seu turno, a China enviou cerca de 3200 militares e um número não especificado de tanques e caças. Pela sua magnitude este é o maior exercício militar da história da Rússia pós-URSS.

Dentre várias razões apontáveis na explicação da envergadura do Vostok  2018 três delas se destacam: (i) dissuadir os EUA e a União Europeia, (ii) reforçar a cooperação russo-chinesa e (iii) manter o equilíbrio de poder no sistema internacional caracterizado pela multipolaridade inclusiva.

 


[1]A OSC tem como membros: China, Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Uzbequistão, India e Paquistão.  

Por Paulo Mateus Wache*
PWache2000@yahoo.com.br

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