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ELEIÇÕES: DILEMA PARA POLÍTICOS DE “MEIA TIGELA”

Por Idnórcio Muchanga

“Não ameis este mundo nem aquilo que lhe pertence. Tudo aquilo que pertence a este mundo não vem do Pai, mas sim do mundo” ‒ 1 João 2:15-16

Se o momento de eleições significa ocasião de festa para a maioria do Povo, pelo contrário, para alguns dos nossos políticos de “meia tigela”, como alguém ousou apelidá-los, é de verdadeira “diarreia psicológica”. Os (Thempeles ‒ consultórios) dos chamados “va nyamusôro ou tinyanga”, que pomposamente gostam de ser paparicados como “médicos tradicionais”, como se o tempo que ficam ocultados nas matas sem ter contacto com o banho correspondesse a uma faculdade de medicina (uma ova – diríamos nós), nesta época, tais “consultórios” registam um movimento desusado e anormal. Devido ao preço alto do carneiro (cordeiro), desde sempre tido e achado na maioria dos povos do nosso continente (e não só), como animal próprio para sacrifícios aos deuses, as galinhas exóticas de penas eriçadas, conhecidas cá no Sul do país por “switlalu ou sivhatata”, é que tomam o lugar do gado ovino. Destinam-se a ser “imolados” nos corpos nus dos nossos “polípticos de meia tigela”, futuros deputados e ou membros das assembleias municipais, cujo sangue é espargido nas suas cabeças escorrendo corpos nus abaixo como forma de lhes purificar, fortificar e afugentar os maus espíritos, favorecendo assim a sua eleição. Coitados! 

Por Kandiyane Wa Matuva Kandiya

nyangatane@gmail.com

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