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Ernesto Ndzevo o mestre bandolim

Por Idnórcio Muchanga

Ernesto Ndzevo ou simplesmente “Ximanganine” é, a seu modo, o último dos moicanos dos tocadores de bandolim, esse instrumento cordófono de origem italiana. Aprendeu com Fany Mpfumo, nome maior da marrabenta. Agora procura passar esse saber aos mais novos. Dá aulas de bandolim na Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane. O seu dia-a-dia, desde 2014, é passado entre salas de aula e uma oficina de instrumentos musicais da ECA, onde, revela, ganhou outro fôlego para a vida depois da reforma na Rádio Moçambique.

Mas a sua história remonta a 1948 quando no dia 23 de Fevereiro, os pais – Francisco Ndzevo e Neace Nhabanga – receberam um rebento a quem deram o nome de Ernesto (que se juntou a outras 4 filhas do casal) e hoje o mundo conhece também por “Ximanganine” (o equivalente a “lugar onde está a mangueira”). Isso aconteceu em Mwelankulo, Zongoene, província de Gaza.

Por causa da música, aportou em diversos países, como sejam os casos de Brasil, Tanzânia, África do Sul, Alemanha e Zimbabwe. Tocou com muitos músicos, por exemplo Zé Mucavele, Alexandre Langa, Zeca Tcheco, Roberto Chitsondzo e Moreira Chonguiça.

Residente no bairro da Maxaquene, antes de ser famoso pelo manejo do bandolim com a eterna banda “Os Galotones”, ou conhecido pelos discos “Papayana” ou “Albertina”,  Ernesto Ndzevo, que tem 7 filhos, foi pastor de gado!

Texto de Belmiro Adamugy

belmiro.adamugy@snoticicas.co.mz

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