O caso que Bula-bula presenciou é surreal. Tão estranho que merecia ser contado com um introito do tipo “era uma vez”. Mas, não. Aconteceu mesmo e a protagonista, a esta hora, deve estar novamente no seu local de trabalho a aprontar mais uma.
Na última sexta-feira, dia 07 de Outubro, por volta das 16 horas uma mãe se dirigiu com a sua filha de sete anos ao Banco de Socorros do Centro de Saúde do Xipamanine, na cidade de Maputo, porque a criança estava febril e a queixar-se de dores de cabeça e um mal-estar peitoral.
Os sintomas já vinham do dia anterior e tendiam a agravar. Nada melhor que ir buscar socorro na unidade sanitária mais próxima como, aliás, recomendam as autoridades do sector.
O recinto estava incaracterístico àquela hora pois, para além dos guardas, contava apenas com a presença de uma enfermeira de plantão que, no lugar de seguir o protocolo, apenas quis saber o que a criança tinha. Mal soube do que se tratava e, sem esboçar o mais ínfimo sinal de interesse pelo caso sentenciou: “voltem amanhã. Aqui só atendo emergências”, disse apontando para a porta com ar de “Adeus”.