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Há métodos e… métodos!

Por admin

A falar é que nos (devíamos) entender. A frase está batida. Usamo-la em circunstâncias várias. Bula-bula também gosta da frase. Ela faz qualquer pessoa parecer inteligente. E nestas coisas de inteligência, vale lembrar que uma das maiores invenções do homem é a Comunicação. Não é à toa que existem órgãos de comunicação. É mesmo para tornar líquida esta invenção…

E já que falamos de comunicação, vale lembrar que Bula-bulagosta de falar, de jogar conversa fora mas, quando é preciso, veste fato-macaco e mete mãos a obra. E é o quem tem feito ao longo dos últimos anos. Trabalhar para trazer informação actual e credível. Não é um exercício fácil… mas é apaixonante.

Dizia um velho amigo de Bula-bula que comunicar é um acto de cultura. Verdade. Tão verdade que também é possível chocar com alguma “incultura” neste exercício de comunicar… infelizmente exemplos abundam… a última tem a ver com a cena de um certo vuku-vuku que se instalou por conta de uma associação que tomou conta de uma bem moçambicana instituição. A situação gerou algum mal estar…

Bula-bula, como lhe competia, foi a busca da verdade como notícia – parafraseando um colega de trincheira – e, nessa ordem pediu esclarecimentos a um dos responsáveis pela suposta bagunça. O aludido até pediu um rol de perguntas que supostamente iriam nortear a tal entrevista. Tudo parecia correr bem até porque as perguntas eram mais para iluminar algumas zonas meio sombreadas.

Quem trabalha com informação sabe que a velocidade e a precisão são fundamentais nesta época em que até o facebook e o whatsapp funcionam como Medias de massa. Por isso mesmo, bula bula fez pressão para saber se a coisa andava ou não. Surpresa danada e quase maquiavélica veio em forma de resposta: “as perguntas que nos fez eram pertinentes e por isso decidimos responder via comunicado de imprensa”. What? Soltou bula bula.

Então eu faço o meu questionário e a resposta é partilhada por todos órgãos de comunicação? Porquê?

Mas isso nem devia surpreender. Já num passado não muito longínquo, uma outra instituição fez a mesma coisa… pediu o questionário e na mesma noite foi dar uma entrevista numa estação televisiva usando o tal questionário. Quer dizer, pegou nas perguntas, entregou a um outro jornalista e foi responder na televisão. Quanta falta de respeito.

Bula-bulapensa que há uma certa leveza no tratamento de alguns assuntos. Não lembra ao diabo transferir as preocupações de um para outro. Isso lembra uma outra ocasião que ia fazer uma entrevista “exclusiva” a um certo dirigente e este entendeu por bem chamar mais dois jornalistas de outros órgãos de comunicação porque, no seu entender, as preocupações “poderiam ser comuns”.

Não vale isso. Ou você faz o seu comunicado com honestidade ou então faça uma cova e esconda a cabeça como fazem as avestruzes. O que não é elegante é fazer esse jogo. Bula-bula está mesmo zangado meus caros… e não há Metical que o acalme!

É que essa de responder via comunicado lembra as palavras sábias de Miguel Esteves Cardoso que dizia qualquer coisa como quase todas as mentiras são provocadas. As principais culpadas são as perguntas que se fazem; ou o outro que inteligentemente intuiu que nesta profissão haverá sempre alguém que vai mentir. Alguém que te fará promessas que não irá cumprir ou dirá inverdades.

Verdade ou não, o ponto é que a cena cria um vazio no peito que dói mais do que tudo. Um sangramento eterno…é um sentimento de uma traição pior que carnal, espiritual.

 

 

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