– sublinha Presidente da República
O Presidente da República, Filipe Nyusi, garantiu em Tete que o seu Governo está a aumentar a possibilidade de criação da renda aos seus concidadãos pedra-a-pedra, ao ritmo do desiderato do Hino Nacional.
Nyusi disse que está a representar uma geração que não fala muito, mas faz as coisas acontecerem, uma geração que, na verdade, vai diminuindo o fosso da pobreza em que o nosso povo se encontra, impulsionando e encorajando todas as iniciativas que apontem para um horizonte de progresso.
O Chefe de Estado falava em Tete na inauguração do maior centro comercial daquela província, localizado no sub-bairro de Matundo, em Chingodzi, justamente entre as escolas da SOS e a Industrial, arredores da capital provincial.
O centro comercial, constituído por 27 lojas, espaços administrativos, parques de estacionamento, para além de outro tipo de serviços de utilidade pública, é visto como podendo vir a dinamizar o comércio naquela região e no país em geral.
Acredita-se que a actividade do ramo tornar-se-á cada vez mais competitiva num cenário em que pequenos ganhos como a qualidade do produto, o preço praticado, a rapidez, a agilidade e o bem servir poderão determinar que um vendedor tenha vantagens sobre o outro.
“Na verdade, o comércio a retalho, que é o escopo de grande parte das lojas neste centro, deve ser o mecanismo que ajude o consumidor a optimizar as suas escolhas, bem como uma plataforma para interligar os produtores e os vendedores”, disse o estadista.
O facto de o centro comercial aglutinar vários serviços no mesmo espaço é visto pelo Presidente da República como estando a responder à visão do Governo de aproximar cada vez mais as comunidades, facilidades que podem reduzir o tempo e gastos em transportes para a aquisição de produtos de qualidade.
Nyusi diz estar a assistir-se nos últimos tempos em Moçambique um fenómeno estranho de redução de vendas do micro e pequeno comerciante que pode estar a dever-se a uma série de factores endógenos e exógenos, alguns dos quais evitáveis e outros fora do controlo humano.É tendo em conta essa realidade que têm de ser postas em marcha várias formas de fortalecer o comerciante tradicional, uma das quais é o associativismo empresarial, que se tem mostrado ao nível internacional, uma estratégia para que aquele continue a oferecer produtos e serviços que o mercado demanda.
“O Governo promove a formalização da economia e estimula o sector informal a contribuir para o desenvolvimento do nosso país”, disse o Chefe de Estado.
NYUSI QUER PRODUTOS
LOCAIS NO CENTRO COMERCIAL
A entrada em funcionamento do Centro Comercial de Tete é encarada como mais uma opção para a satisfação das necessidades dos residentes e dos visitantes da Tete, que nos últimos anos têm registado um crescimento singular, em resultado da entrada de grandes investimentos, principalmente na área mineira, que nem sempre são acompanhados pela qualidade almejada.
Entretanto, Filipe Nyusi disse que gostaria de daqui a dois anos encontrar naquele estabelecimento comercial de nível internacional produtos originários do vale do Zambeze ou de Angónia, Tsangano, Changara, do Zumbo e de outros cantos da província de Tete e de outras regiões de Moçambique.“Só assim estará a cumprir o papel de alavancar a produção agrícola e industrial do nosso país”, frisou, para logo a seguir acrescentar que“vos encorajamos a prosseguirem com estes projectos e gostaríamos de ouvir que estão a operar em Lichinga, Cuamba, Mocuba, entre outras regiões”.
“AVIÁRIO PAULA”
É EXEMPLO A SEGUIR
Quase a jusante do vale de Nhartanda, no bairro Samora Machel, Unidade de Chingale, está a funcionar um aviário que corporiza a empresa de criação de pintos e venda de frangos de corte cuja actividade remonta a 1988.O Presidente da República, que trocou impressões com a proprietária na recente reunião da avicultura que teve lugar em Nampula, cumpriu ontem a sua promessa de visitar o empreendimento quando fosse a Tete, para confirmar o que tinha ouvido naquele encontro.
Trata-se, na verdade, dum exemplo de luta pela sobrevivência que o Chefe de Estado enalteceu num breve encontro com os cerca de 80 trabalhadores ali empregados, tendo em conta que quando iniciou tinha apenas um pavilhão com a capacidade de criar 2500 frangos e agora dispõe de 10 pavilhões, sendo 9 com capacidade para 6000 aves e um para 11.000 aves.
O “Aviário Paula” possui um matadouro semi-automático com a capacidade de abate de 2000 aves por dia, sendo que a produção média é de 44.000 frangos/mês.
Segundo informação disponível, a que o domingo teve acesso, o mercado para a colocação do frango produzido pela empresa é a província de Tete no geral, sendo que a capital provincial absorve maior parte do produto vivo ou congelado.
Os pintos de um dia e a ração são adquiridos na cidade de Chimoio, província de Manica, segundo dados colhidos pela nossa Reportagem.
O aviário perspectiva aumentar a produção de frango até 64.000 aves/mês no presente ano, construir mais dois pavilhões com capacidade de 10.000 aves, instalar uma fábrica de ração composta por moagem, misturador, caldeira e auto-clave, para além da instalação de uma incubadora de ovos para a produção de pintos para engorda.
“Estamos sensibilizados, sobretudo ao constatarmos que não obstante as adversidades de vária ordem mantém-se em pé e apenas registam 5% de percas”, encorajou o Presidente da República.